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Analista do BNDES é ouvida pela polícia após dar 90 000 reais ao Terça Livre

Da Veja

Allan dos Santos do Terça Livre. Foto: Reprodução/YouTube

A Polícia Federal investiga um sócio oculto e financiadores do site conservador Terça Livre, fundado por Allan dos Santos, aliado do presidente da República. O blogueiro bolsonarista está na mira de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) — que apuram uma rede de propagação de notícias falsas e atos antidemocráticos contra a Corte e o Congresso.

Ao longo das apurações, a PF descobriu que Allan dos Santos tem como parceiro de negócios o empresário Bruno Ayres, sócio de uma companhia sediada em Delaware, nos Estados Unidos, e dono de uma empresa de tecnologia em Brasília que tem contratos com empresas públicas. Ao ser questionado pelos investigadores sobre a sua ligação com o canal Terça Livre, Bruno respondeu em seu depoimento que é “sócio oculto” por meio de um contrato de sociedade em conta em participação, atuando como consultor em questões estratégicas. (…)

Financiadores de Allan dos Santos também entraram na mira da PF e foram intimados a prestar depoimentos. Uma analista de sistemas do BNDES, por exemplo, teve de explicar o motivo pelo qual destinou 90 000 reais ao Terça Livre. Ao ser interrogada, a funcionária pública explicou que os recursos foram doados de forma espontânea e retirados do seu salário líquido de 38 000 reais. Já um técnico de informática do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro esclareceu aos investigadores que contribuiu com o site conservador, depositando 53 000 reais ao longo de dois anos, porque gostou dos cursos on-line do blogueiro bolsonarista.

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