Anderson Torres usou passagem falsa para justificar ausência no 8/1, diz PGR

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou que Anderson Torres apresentou um bilhete de passagem falso para justificar sua ausência no dia 8 de janeiro de 2023, data dos ataques aos Três Poderes em Brasília. Segundo as alegações finais enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), o localizador “MYIDST” informado por Torres não pertence a ele, e não há registro de voo em seu nome no trecho Brasília/Orlando pela Gol, como alegado.
A defesa afirma que a viagem foi planejada com antecedência, que o ex-ministro entrou de férias no dia 9 de janeiro e que o secretário interino já estava ciente da substituição. Também argumenta que um Plano de Ações Integradas foi deixado pronto, e que, se tivesse sido seguido, os atos não teriam ocorrido. No entanto, a PGR destacou que, no dia 6 de janeiro, a Secretaria de Segurança recebeu alertas da Força Nacional sobre os riscos, incluindo menções à “Tomada de Poder” e ao aumento de ônibus com manifestantes.
Apesar das justificativas, a PGR apontou omissão e conivência por parte de Torres. A ausência de reforço policial e a demora na atuação das forças de segurança reforçam a tese de negligência.
