Prefeito de Angra pede que usinas nucleares sejam desligadas por causa das chuvas

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O prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão, pediu ao ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, o desligamento das usinas nucleares instaladas na cidade. O motivo são as fortes chuvas que caem desde quinta-feira (31) e que interditaram pontos das principais estradas de acesso ao município, como a RJ-155 e a Rio-Santos.
“Estamos com as estradas fechadas, estamos ilhados. Sou um defensor da matriz nuclear e temos plano de emergência, mas como a gente faz o plano sem estrada? Não dá. Por isso estou pedindo o desligamento das usinas nucleares. Já me comuniquei com o ministro Marcelo Sampaio”, Jordão, que está na companhia do governador Cláudio Castro na manhã deste domingo.
As regiões de Monsuaba e Ilha Grande estão sendo sobrevoadas em busca de desaparecidos.
Ainda no sábado (2), a estatal Eletronuclear havia informado que as usinas nucleares Angra 1 e 2 seguiam operando normalmente, com capacidade total, não tendo sido afetadas pelas fortes chuvas que caem na Costa Verde desde quinta-feira. Hoje, a empresa afirmou que o plano de emergência da usina não foi comprometido pelas chuvas.
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Fortes chuvas em Angra

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As fortes chuvas dos últimos dias já deixaram pelo menos 16 mortos em diferentes regiões do Estado do Rio de Janeiro. Em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, foram confirmadas oito mortes, mas há relatos de mais sete moradores ainda desaparecidos. Em Paraty, também na Costa Verde, outras sete pessoas da mesma família morreram: uma mãe e seis filhos. Mais um homem morreu em Mesquita, na Baixada Fluminense.
A Polícia Rodoviária Federal alertou na manhã deste domingo, 3, que a Rodovia Rio-Santos, a BR-101, registrou nova queda de barreira provocada pelas chuvas e alertou que motoristas não trafeguem mais pela via até que a situação seja novamente controlada. A encosta é considerada instável em vários trechos, que estão sob risco de novos desabamentos. Uma queda de barreira destruiu o posto da PRF em Paraty.
“A orientação da PRF é de não acessar mais a rodovia para a segurança do usuário, o trecho só chegará perto de ser normalizado em alguns dias”, alertou a Polícia Rodoviária Federal, em nota à imprensa. O trecho crítico se estende desde o município fluminense de Mangaratiba até Ubatuba, em São Paulo.