Anitta é diagnosticada com endometriose e passará por cirurgia

Foto por: Reprodução/Instagram
Por meio de seu Twitter, a cantora Anitta contou nesta terça-feira (05/07) que recebeu um diagnóstico de endometriose e precisará passar por um procedimento cirúrgico para tratar o problema. A artista acreditava sofrer de um quadro de cistite recorrente, uma infecção que acomete a uretra provocada por uma bactéria. No entanto, ela conta que os exames não indicavam a presença de microrganismos na região, o que levou sua médica a optar por uma ressonância, que detectou a endometriose no último mês.
“Ela (médica) fez meu milionésimo exame e pela milionésima vez… NAO TEM BACTÉRIA. Nunca teve em nenhum dos exames. A doutora (enviada pelo meu anjo da guarda só pode), fez na mesma hora uma ressonância em mim e estava lá. ENDOMETRIOSE. No dia seguinte ela me levou em um especialista em endometriose”, escreveu Anitta na rede social. “Pesquisem, galera. A endometriose é muito comum entre as mulheres. Tem vários efeitos colaterais, em cada corpo de um jeito. Podem se estender até a bexiga e causar dores terríveis ao urinar. Existem vários tratamentos. O meu terá que ser cirurgia”, alertou a cantora.
Causada por uma inflamação fora do normal de células do endométrio, tecido que reveste as paredes internas do útero, onde o óvulo se fixa depois de fecundado para que o feto cresça no caso de reprodução, endometriose é uma doença crônica.
“É extremamente importante falarmos abertamente sobre essa doença, porque ela é pouco diagnosticada, embora muito frequente. Em quase 50% das mulheres com endometriose, os sintomas ocorrem há mais de cinco anos”, explicou a médica da cantora, Ludhmila Hajjar, clínica geral, intensivista e professora de cardiologia da Universidade de São Paulo (USP).
O problema leva esse tecido do endométrio a crescer para fora do útero, com fragmentos chegando ao ovário, às trompas e a outros órgãos da região. Mesmo fora do útero, ele continua crescendo, o que provoca cólicas menstruais muito intensas (dismenorreia); dores durante ou após relações sexuais; dores e sangramentos intestinais e urinários durante a menstruação e pode levar a dificuldades para engravidar – cerca de 30% a 40% das mulheres com endometriose têm a capacidade de reproduzir afetada.
Como é uma doença ligada à menstruação, ela costuma regredir após a menopausa, quando ocorre a redução dos hormônios responsáveis pelo processo. No entanto, mulheres mais jovens que sofrem com o problema podem tratá-lo com o uso de anticoncepcionais sem intervalos – o que suspende a menstruação e a consequente inflamação dos tecidos do endométrio fora do útero. É importante, em caso de sintomas, procurar um especialista que possa avaliar a necessidade de exames, confirmar o diagnóstica e, se for o caso, indicar o melhor tratamento.
No caso de lesões mais graves, como as de Anitta, pode ser indicada uma cirurgia para que elas sejam retiradas. Em casos mais avançados, é possível ainda realizar uma operação para remover completamente o ovário e o útero, o que, no entanto, compromete a capacidade de engravidar.