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Anotação de executivo da Odebrecht sugere cartel e propina em obra do governo Alckmin

Da Folha:

Anotação apreendida pela Lava Jato com o executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Jr. sugere formação de cartel e pagamento de propina em obra do governo de São Paulo, em 2002.

O manuscrito menciona “acomodação de mercado” para incluir empreiteiras que perderam a licitação da duplicação da rodovia Mogi-Dutra e menciona suposto pagamento de 5% do valor do contrato para o “santo” -o que seria referência a propina.

Na época, o governador era, como agora, Geraldo Alckmin (PSDB).

O papel integra o item nº 53 do auto de apreensão da fase Acarajé da Operação Lava Jato que vasculhou o escritório no Rio de BJ, como o executivo é conhecido no mundo empresarial.

No mesmo local, foram apreendidas as planilhas citando supostos repasses do conglomerado a mais de 300 políticos de todo o país.

Na anotação aparece, logo abaixo do nome da estrada “valor da obra = 68.730.000 (95% do preço DER)”.

Logo abaixo: “custos c/ santo = 3.436.500”. A palavra “apóstolo” foi rasurada e substituída por “santo”.