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Antes da quebra de contrato, Globo perdeu 50% da audiência da F1 em 19 anos

Logotipo da Globo. Foto: Divulgação

Do site Telepadi.

A Globo confirmou a informação de que a Fórmula 1 perderá sua vaga na programação de 2021 nesta sexta-feira (31), bola cantada por Flávio Ricco no portal R7 e por Bárbara Sacchitiello no Meio & Mensagem. O evento é mais um “contratado” pela emissora que deixa de ter lugar cativo na programação, após quatro décadas de casa.

Embora o evento tenha perdido metade de seu público em quase 20 anos, a F-1 já teve dias piores nos relatórios da Kantar Ibope, como o TelePadi mostra na relação de índices abaixo, em levantamento feito pelo blog.

O momento atual, no entanto, só não tem o recorde negativo porque em 2015 os índices foram ainda mais baixos, pelo menos em relação ao balanço parcial deste ano.

Em 2002, mais de 50% dos aparelhos ligados na Grande São Paulo sintonizaram as corridas de Fórmula-1, em média, ante 25,3% atuais e 25% em 2015, quando o total do ano somou seu menor resultado: 7,9 pontos (lembrando que 1 ponto de audiência há cinco anos valia 67,11 mil domicílios, 4,74 mil a menos que a representatividade de 1 ponto em 2020, na mesma região.

O TelePadi apurou que a grande vilã da perda dos direitos de transmissão da Fórmula-1 é o valor do dólar para um ano difícil. Se em 2019 foi possível pagar a conta com a compensação de outros rendimentos, o calendário pandêmico de 2020 não dá margem para manobras financeiras. Em resumo: a conta não fecha. Por mais bem-sucedidas que aparentem ser as negociações do evento, o faturamento não cobre os gastos com transmissão e, principalmente, o valor dos direitos.

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