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Antes de negociar compra da Covaxin, empresa conseguiu aditivo em contrato de preservativos

Crédito:Naveen Sharma / SOPA Images/Sipa USA/Reuters

Da CNN Brasil

Sete dias antes de assinar o contrato para o fornecimento da vacina indiana Covaxin, a Precisa Medicamentos, que também representa a companhia Cupid Limited em um contrato para a aquisição de preservativos femininos, acrescentou aditivo contratual neste processo que dobrou o valor da licitação junto ao Ministério da Saúde.

A CNN analisou dados do Portal da Transparência do governo federal e constatou que a empresa Precisa Medicamentos assinou o contrato para fornecimento de cinco milhões de preservativos femininos no dia 13 de novembro do ano passado. O valor inicial era de R$ 15,7 milhões e passou para R$ 31,5 milhões no dia 18 de fevereiro. A justificativa para o aditivo foi uma correção na cotação do dólar, segundo publicação no diário oficial de 23 de fevereiro de 2021.

Questionada sobre o aditivo contratual, a Precisa informou que o aditamento faz referência ao valor inicial do registro de preços que previa a entrega de dez milhões de unidades do preservativo feminino e que o aumento dos valores está relacionado com o aumento da quantidade entregue.

A reportagem procurou o Ministério da Saúde pedindo esclarecimentos sobre o aditivo contratual que não menciona o aumento na entrega dos preservativos e sobre a entrega dos itens. Até a publicação da reportagem, a pasta não havia retornado. (…)