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Ao barrar indicado de Ernesto Araújo, senadores mandam recado contra agenda anti-China e olavista

Da Folha de S.Paulo

Ernesto Araújo. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A desavença com a senadora Kátia Abreu (PP-TO) foi o estopim para a rejeição ao embaixador Fabio Mendes Marzano, na terça-feira (15), mas o resultado da votação também refletiu uma insatisfação geral dos senadores com a condução no Ministério das Relações Exteriores.

A avaliação é de parlamentares e diplomatas ouvidos pela Folha. Maior derrota do ministro Ernesto Araújo no Congresso, o “não” a Marzano foi considerado um recado ao chanceler, contra a influência olavista no Itamaraty e contra as posições anti-China do ministério.

Na noite de terça, o plenário do Senado barrou a designação de Marzano para a missão do Brasil junto à ONU em Genebra. (…)

“Uma das situações é que o Senado está muito preocupado com algumas posturas do chanceler [Ernesto Araújo]. A relação com a China precisa caminhar e caminhar bem”, afirmou a senadora, representante da bancada ruralista, a que mais teme um conflito com a potência asiática. (…)