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Apenas 3 das 24 bancadas de partidos defendem soltura de Daniel Silveira

O deputado Daniel Silveira (RJ), (Foto: Câmara dos Deputados)

De Vinícius Valfré, André Shalders e Anne Warth no Estado de S.Paulo.

A Câmara decide nesta sexta-feira, 19, em votação, se o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) continuará preso por ataques ao Supremo Tribunal Federal. O Estadão procurou os 24 líderes de partidos da Casa e nove afirmaram que vão orientar suas bancadas a votar para manter o deputado bolsonarista na cadeia. Apenas três deles disseram que os representantes da sigla vão defender a soltura e outros quatro preferiram não dizer como a legenda vai se posicionar. Os demais não responderam até o momento.

A sessão de hoje está marcada para as 17h e a votação deve ser nominal e aberta, ou seja, a escolha de cada parlamentar será divulgada na sequência. Para que a prisão do deputado seja confirmada pela Casa são necessários 257 votos  (maioria absoluta dos 513 deputados).

Os nove partidos que admitem publicamente que vão votar por manter a prisão somam 197 parlamentares. O Estadão apurou, porém, que 11 legendas se manifestarão contra Silveira, mas dois preferiram não tornar o posicionamento público para evitar pressões internas até a votação. A orientação do líder, no entanto, não significa que todos os deputados votarão da mesma forma. Alguns deles, como no caso do PSL e do PSDB, admitem que a bancada deve se dividir na votação.

Como mostrou o Estadão, o Centrão decidiu abandonar Silveira e, nos bastidores, passou a defender a manutenção da prisão. O deputado, fiel aliado do presidente Jair Bolsonaro, adotou um discurso de ódio contra integrantes do STF e fez apologia ao Ato Institucional nº 5, o mais duro da ditadura militar.

O provável revés para Silveira ficou constatado na longa reunião de líderes realizada na tarde de ontem, na residência oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL).

O Estadão apurou que o líder do partido de Lira, Caca Leão (BA), disse aos pares que a bancada está dividida, mas deve ter maioria a favor da prisão. Procurado pela reportagem, ele não se manifestou sobre a posição da sigla.

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