Apontado como laranja de Aécio, Accioly diz que há “possíveis irregularidades” no Gero e Fasano

Amargou a relação entre os sócios dos restaurantes Gero e Fasano. Depois de interpelar judicialmente seus sócios Zeco Auriemo Neto (dono da JHSF) e Rogério Fasano, o empresário Alexandre Accioly (dono de 40% dos três Geros cariocas) revela que foi alertado sobre “possíveis irregularidades” no segundo semestre de 2019, na gestão das sociedades responsáveis pelos restaurantes Gero Ipanema, Barra e Shopping Leblon e pela operação de alimentos e bebidas do Hotel Fasano no Rio de Janeiro, incluindo o Fasano Al Mare e o Baretto-Londra. O desentendimento foi parar na Justiça, segundo informou o colunista Lauro Jardim em seu blog.
“Para minha enorme surpresa e decepção”, diz Accioly, um dos acionistas do grupo HMI, que controla os restaurantes do Grupo Fasano no Rio. “Tendo em vista a nota divulgada no jornal O Globo neste domingo, 5, pelo jornalista Lauro Jardim, e em respeito à transparência com que sempre conduzi minhas atividades empresariais, venho por este comunicado esclarecer que, pelo que consegui apurar até agora, existem diversos indícios de que, há vários anos, os bares e restaurantes Gero e Fasano do Rio de Janeiro foram envolvidos pela HMI, holding da JHSF, e Rogério Fasano, em contratos com patrocinadores, sem que os valores devidos às sociedades cariocas tivessem sido repassados. A ausência desses repasses proporcionou vantagens indevidas para a HMI e os seus acionistas e contribuiu para que as empresas cariocas amargassem prejuízos relevantes. Além disso, foram identificadas situações de claro conflito de interesses entre, de um lado, a HMI e seus administradores e, de outro, as sociedades cariocas, prejudicando ainda mais os restaurantes Gero e Fasano do Rio de Janeiro”, afirma o empresário, por meio de nota.
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