Após 200 anos de neutralidade, Suécia indica que pedirá ingresso na Otan

A invasão da Ucrânia pela Rússia criou novos temores, e os suecos, arrastados pela Finlândia, devem se candidatar para se juntar à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O governo sueco entregou ao Parlamento um relatório defendendo que o país passe a integrar a aliança militar ocidental e indica que deve apresentar candidatura na semana que vem.
Em um grande recálculo de sua postura de segurança precipitada pela invasão russa à Ucrânia, a Suécia está reaprendendo a ser uma potência militar. Com a ajuda de seu parceiro estratégico, a Finlândia, está prestes a se inscrever para ingressar na Otan, pondo fim a mais de 200 anos de neutralidade e não alinhamento militar.
O regimento de Gotland do exército sueco estava praticando como usar seus mísseis antitanque leves projetados no países, os NLAWs, que estão se mostrando eficazes na Ucrânia.
O regimento, que foi ressuscitado em 2018 na ilha estratégica que ajuda a controlar o espaço aéreo e naval do Mar Báltico, está em processo de reconstrução com o objetivo de expandir para 4.000 soldados dos atuais 400 – ainda muito longe do 25.000 que serviram aqui durante a Guerra Fria.
O novo comandante do regimento de Gotland, coronel Magnus Frykvall, tem uma visão clara dessa missão de reconstruir as defesas da Suécia, bem como a importância da ilha que seu regimento está assegurando. “Se você possui Gotland, pode controlar o movimento marítimo e aéreo em todo o sul do Báltico”, disse ele.
Aderir à Otan é uma decisão política, segundo o coronel Frykvall, de 47 anos, mas ele é a favor. “Cooperação é uma coisa, aliança é outra”, disse. “Uma aliança significa que você tem garantias.”