Após 4 ordens de despejo, índios anunciam “morte coletiva” no Mato Grosso do Sul
Depois de quatro ordens da Justiça Federal de Naviraí que obrigam os cerca de 4 mil indígenas a desocupar fazendas do Sul do Estado do Mato Grosso do Sul, os guarani-kaiowá afirmaram em carta que irão resistir e anunciaram morte coletiva.
O documento expressa a indignação dos indígenas que vivem na região de Japorã, distante 487 quilômetros da capital, Campo Grande.
A terra denominada Yvy Katu é motivo de brigas judiciais há mais de 10 anos. Para os índios, as decisões favoráveis aos ruralistas significam que a “Justiça do Brasil está mandando matar todos nós índios”.
Os índios afirmam que querem morrer juntos e que devem ser enterrados no mesmo local.
“Solicitamos ainda à presidenta Dilma, à Justiça Federal que decretou a nossa expulsão e a morte coletiva para assumir a responsabilidade de amparar e ajudar as crianças, mulheres e idosos sobreviventes aqui no Yvy Katu”, diz a carta.
Diante da afirmativa de que irão lutar e resistir ao envio de forças policiais que devem ser encaminhadas ao local para cumprir as ordens da Justiça, os índios deram início a um ritual religioso raro que diz respeito a despedida da vida da terra.
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