Após acolher Queiroz, Wassef se diz injustiçado e reclama que virou “alvo personalíssimo”
O advogado Frederick Wassef, que atendia a família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desde 2014, foi alçado ao centro da cobertura do Caso Queiroz depois que o ex-assessor parlamentar do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi preso em um imóvel do criminalista em Atibaia, no interior de São Paulo, em junho do ano passado.
Após passar os últimos meses evitando a imprensa, em uma tentativa deliberada de se afastar dos holofotes, o advogado conversou com o Estadão na noite da última quinta-feira, 4. A reportagem procurou Wassef depois que veio a público a decisão da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) de determinar a abertura de uma investigação na Polícia Federal para apurar a devassa nas contas do advogado pelo antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). (…)
“Após a prisão de Queiroz no meu escritório de advocacia, eu virei alvo de tudo e de todos”, diz. “Algumas instituições públicas poderosas se dividiram em duas alas: uma que quer cumprir a lei e outra que quer brincar de herói, rompendo a lei e perseguindo quem eles bem entenderem. Nesse conflito, nessa divisão do poder dentro do Brasil, eles passaram a cometer uma série de ilegalidades”, acrescenta.