Após Bolsonaro aglomerar no Ceará, MPF pede suspensão de eventos de risco no estado
Do Povo

O Ministério Público Federal (MPF) está preocupado com os efeitos negativos que a visita do presidente Jair Bolsonaro ao Ceará, marcada para a manhã desta sexta-feira, 26, possa provocar em termos de saúde pública, tendo em vista o contexto grave de pandemia. Por isso, emitiu uma série de recomendações ao Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit) e às prefeituras de Fortaleza, Horizonte e Tianguá – cidades por onde Bolsonaro irá passar – para evitar aglomerações. O órgão chega a pedir a suspensão dos eventos que possam atrair grade quantidade de pessoas.
Esse tipo de temor leva em consideração o comportamento habitual do chefe do Executivo quando participa de eventos públicos. Na última vez em que esteve no Ceará, na cidade de Missão Velha, em setembro do ano passado, ele ignorou as orientações sanitárias, provocando aglomerações. Além disso, o presidente não usou máscaras e cumprimentou apoiadores.
O MPF argumenta que o Ceará “vive momento crítico na pandemia da Covid, com aumento no número de casos e de mortes e com a circulação de novas variantes do coronavírus”. Lembra ainda que “foram adotas medidas preventivas que proíbem a realização de quaisquer festas ou eventos comemorativos, em ambientes aberto ou fechados, públicos ou privados, seja de qual for a iniciativa”. (…)
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