Apoie o DCM

Após críticas, Beyoncé promete retirar termo capacitista do novo álbum

Após criticas de ativistas, Beyoncé deve regravar música com termo capacitista em novo álbum
Capa do álbum novo álbum Renaissance.
Foto: Reproduçãoapacitismo

Lançado na última sexta-feira (29), o sétimo álbum da cantora norte-americana Beyoncé, “Renaissance”, tem sido aclamado pelo público, mas um trecho da música “Heated” deixou ouvintes indignados nas mídias sociais.

O problema foi que a música inclui a palavra “spaz” durante um verso em que Beyoncé canta: “Spazzin’ on that ass, spazz on that ass”. Quando traduzido, o termo pode significar “retardado”, “deficiente”, “anormal”, “ter espasmos”, referente a uma dificuldade para as pessoas controlarem seus músculos, especialmente braços e pernas.

Segundo a revista Variety, por conta das críticas e pedidos de mudança no trecho, a equipe da cantora confirmou que a letra será alterada: “A palavra, não usada intencionalmente e de maneira prejudicial, será substituída”.

Após apontamentos sobre a música na internet, a escritora Hannah Diviney escreveu ao “The Guardian” um artigo sobre o caso. “O compromisso de Beyoncé em contar histórias musical e visualmente é incomparável, assim como seu poder de fazer o mundo prestar atenção às narrativas, lutas e experiências vividas matizadas de ser uma mulher negra”, escreveu a ativista. “Parece um tapa na cara”, destacou.

A mesma expressão já foi usada anteriormente pela cantora norte-americana Lizzo, que retirou o termo após críticas sobre a música “Grrrls”, que foi alterada. “Vamos deixar uma coisa clara: eu nunca quero promover uma linguagem depreciativa”, escreveu Lizzo em suas redes sociais.

Hannah Diviney diz estar “cansada e frustrada por termos essa conversa novamente depois de recebermos uma resposta tão significativa de Lizzo”. “As palavras importam porque reforçam as atitudes negativas que as pessoas com deficiência enfrentam todos os dias” destacou o gerente de mídia Warren Kirwan. “Beyoncé tem sido uma defensora da inclusão e da igualdade, então pedimos que ela remova essa palavra ofensiva”.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link