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Após discurso de Lula, Bolsonaro diz que não é contra vacinas

Lula com a gravata que usou em Copenhague, no dia D da Olimpíada de 2016, e Bolsonaro com gravata parecida

De Eduardo Militão no UOL.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quarta-feira (10) que comprou a vacina em agosto do ano passado, quando assinou Medida Provisória (MP) que abriu crédito para 100 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca. Por isso, alegou que não é negacionista e nem contra as vacinas.

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A quantidade é suficiente para 47,5 milhões de pessoas — porque há uma perda operacional —, o equivalente a 23% da população brasileira, de 210 milhões de habitantes.

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O discurso de Bolsonaro de hoje dá sequência à mudança de declarações e atitudes que o presidente e sua gestão adotaram em 2020 em relação aos imunizantes.

Ano passado, Bolsonaro era crítico das vacinas e desautorizava compras em público. Agora, passou a mencionar os imunizantes de maneira mais frequente e positiva em 2021 enquanto seu governo avança na compra de mais doses.

Na manhã de hoje, em conversa com apoiadores no jardim do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que não é negacionista e que não é contrário às vacinas. Ele e o ministro das Comunicações, Fábio Faria, destacaram que a MP 994 foi assinada em 6 de agosto do ano passado.

“O pessoal fala que eu sou negacionista”, reclamou o presidente nesta quarta-feira. “Em agosto do ano passado, eu comprei a vacina.” A vacina da AstraZeneca é produzida em parceria com a Universidade de Oxford e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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