Após fala infeliz de Guedes, auxiliar do ministro ironiza: ‘Por que não ter uma Disney na Amazônia?’

Da ÉPOCA:
Em encontro com empresários no Rio, na tarde desta quinta-feira (13), o diretor da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Jorge Hargrave, afirmou que a pasta deve lançar em breve “uma agenda de melhoria do ambiente de negócios na Amazônia”.
“Por que não ter uma Disney na Amazônia? Por que não temos mais turistas indo para lá? Qual é a visão do Ministério da Economia? O ministério é liberal. A política do governo hoje é sair da frente dos bons empreendedores. Você tem uma série de gargalos na lei de concessões, e isso precisa ser revisto”, disse Hargrave.
O diretor do ministério de Paulo Guedes foi um dos convidados do painel “Floresta Amazônica: o caminho para o Brasil no século 21”, durante a Converge Capital Conference, que reuniu cerca de 200 pessoas, sobretudo empresários e investidores, na Casa Firjan.
Após a palestra, questionado sobre como conciliar preservação ambiental e o modelo de negócios agressivo de um parque temático como a Disney, Hargrave afirmou: “Acho que o governo não está bem posicionado para responder isso. Quem tem que responder isso são os investidores. Você tem o exemplo da Costa Rica, que é um país com alto grau de conservação florestal, mas ao mesmo tempo com muitos parques nacionais, com uma ampla base de turismo sustentável. A lei do que pode e o que não pode está dada. Cabe aos investidores criar modelos de negócios que sejam compatíveis com a legislação brasileira.”
Em seguida, completou: “Eu, pessoalmente, acredito que é possível. Não vejo por que não (ter uma Disney). De novo, esse governo não fala em incentivar nada, a gente não vai escolher setores, não vai escolher ganhadores. A gente acredita em melhorar o ambiente de negócios para que os empreendedores… Imagina o empreendedor que tem um parque na Costa Rica. Um parque sustentável, que você vê a floresta, vai na cachoeira, seguindo a legislação. Ele fala: gostaria de abrir um similar na Amazônia. O que o governo não quer é criar um gargalo para que o empreendedor que tiver essa ideia não venha. A gente quer que ele venha.”
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