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Após libertação, ativistas do Pussy Riot retomam combate a Putin

“Nadya e Masha – novamente juntas, pela primeira vez depois de dois anos, Sibéria Oriental”, postaram no Twitter, nesta terça-feira, as duas integrantes da banda punk feminista russa Pussy Riot, recentemente libertadas pela nova lei de anistia.

Os dois anos de detenção devido a ataques verbais contra o presidente Vladimir Putin não quebraram o espírito de luta de Maria Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova.

Ao se reencontrarem um dia após serem soltas, na cidade siberiana de Krasnoyarsk, ambas voltaram a investir contra Putin e seu sistema, anunciando que se engajarão pelos direitos dos presos na Rússia.

Segundo Alyokhina, elas se empenharão em especial pela melhoria das condições nas penitenciárias femininas. Elas pretendem “empregar os mesmos métodos multicoloridos e malcriados que já foram testados”.

Tolokonnikova, até a véspera internada num hospital prisional, comentou que está em espírito de trabalho. “Agora é que tudo vai começar, podem apertar os cintos.” Segundo ela, é muito estreita a fronteira entre a liberdade e a ausência de liberdade “neste Estado totalitário”.

Para a cantora punk de 24 anos, toda a Rússia é construída segundo o modelo de uma colônia penal. Para que o país mude, é preciso também reformar o sistema penitenciário. A temporada na prisão “não foi tempo perdido”, assegurou, pois pôde ver de dentro o sistema penal – que ela define como “máquina totalitária” – e “crescer” através dessa experiência.

Saiba Mais: DW