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Após processar Cruzeiro, Milton Nascimento relata mensagens de ódio nas redes

Milton Nascimento. Foto: Divulgação/Marcos Hermes

O cantor Milton Nascimento se manifestou neste domingo (3) sobre o processo judicial movido por ele, a gravadora Sony Music e os músicos Lô Borges e Márcio Borges contra o Cruzeiro Esporte Clube. A ação, revelada no sábado por Ancelmo Gois, acusa o clube mineiro de usar sem autorização a música “Clube da Esquina nº 2” em um vídeo promocional que anunciava a contratação do jogador Gabigol, publicado em 1º de janeiro de 2025.

Segundo a nota divulgada nas redes sociais de Milton, a canção foi utilizada com fins comerciais, sem qualquer diálogo prévio ou autorização formal, o que violaria a Lei de Direitos Autorais. A equipe do artista lamentou a onda de ataques ofensivos nas redes sociais e afirmou que medidas legais serão tomadas contra os autores de mensagens criminosas. A nota reforça que a ação não tem motivação financeira, mas representa uma “defesa legítima do trabalho artístico”.

“Lamentamos profundamente o ódio destilado nas redes sociais contra Milton, com ataques etaristas e ofensivos, quem nada têm a ver com o mérito da questão. Comentários criminosos estão sendo registrados e medidas legais serão tomadas individualmente. A internet não é terra sem lei”, diz trecho da nota.

O Cruzeiro, por sua vez, declarou que não foi citado oficialmente no processo, apenas recebeu uma notificação extrajudicial há cerca de seis meses, que foi respondida com a alegação de que o vídeo foi compartilhado em colaboração com o perfil do jogador. O clube alegou que o trecho musical utilizado estava disponível na biblioteca do Instagram, com os devidos créditos, e afirmou que a publicação foi apenas uma homenagem ao artista, torcedor histórico da equipe.