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Após ver “Bacurau”, diretor de “Parasita” diz que governo brasileiro deveria apoiar mais o cinema

South Korean director Bong Joon-ho accepts the award for Best International Feature Film for “Parasite” during the 92nd Oscars at the Dolby Theatre in Hollywood, California on February 9, 2020. (Photo by Mark RALSTON / AFP)

Da BBC:

Sentado entre os espectadores de uma sessão do filme brasileiro “Bacurau” em Londres está o ganhador do Oscar deste ano de melhor filme, direção e roteiro, o sul-coreano Bong Joon-ho. O diretor de “Parasita” comprou um ingresso para o longa brasileiro e foi assistir ao filme como qualquer outro espectador (lugar escolhido: fundo à direita, olhando para a tela).

Fim da sessão, os diretores Kleber Mendonça e Juliano Dornelles sobem para responder a perguntas em um debate, em que destacam a “situação terrível” da política brasileira atual. E, ao final, agradecem a presença de Bong na plateia — que sai apressado depois que os olhos se voltam a ele.

Minutos depois, diz à BBC News Brasil que gostou muito do filme e da experiência proporcionada por Bacurau.

“É muito bonito. Tem uma energia única, traz uma força enigmática e primitiva”, diz. “Eu espero que o governo brasileiro apoie mais a indústria de cinema brasileira e seus incríveis cineastas, como Kleber Mendonça e Juliano Dornelles. A indústria cinematográfica é arriscada e precisa de segurança e estabilidade.”

Seu Parasita, sobre uma família de classe baixa que se infiltra na casa de uma família rica em Seul, tem muitos paralelos com Bacurau, afirma ele. O filme brasileiro mostra um povoado no sertão nordestino que pega em armas contra invasores.

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