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Arlindo Cruz é sepultado após velório com música, churrasco e homenagens

Cortejo de Arlindo Cruz. Foto: Carol Sampaio/UOL

Após 16 horas de velório na quadra do Império Serrano, o corpo de Arlindo Cruz deixou o local em cortejo na manhã deste domingo (10) rumo ao Cemitério Jardim da Saudade, onde foi sepultado às 13h10. O caixão foi colocado em um caminhão do Corpo de Bombeiros, acompanhado pela viúva Babi Cruz e pela filha Flora. O trajeto passou pela Intendente Magalhães, tradicional reduto das escolas de samba do grupo prata e bronze, onde o sambista também fez história como compositor.

A despedida contou com a presença de artistas como Xande de Pilares, Regina Casé, Mumuzinho, Diogo Nogueira e Zeca Pagodinho. Diogo emocionou ao lembrar que foi Arlindo quem o levou para as rodas de samba no início da carreira. Já Regina destacou que o cantor está “no mesmo lugar dos grandes da música brasileira”, enquanto Mumuzinho cantou uma música em sua homenagem, ressaltando o espírito aberto do amigo para novas sonoridades.

Seguindo um pedido do próprio Arlindo, o velório teve formato de gurufim, com rituais do candomblé, cerveja liberada, churrasco e música. Familiares e amigos cantaram sucessos como “O que é o amor”, interpretado por Maria Rita, “O Meu Lugar” e “O Show Tem Que Continuar”. Arlindinho, filho do cantor, afirmou que a cerimônia foi exatamente como o pai queria: “Quadra cheia, cerveja liberada, churrasco… não podia ser diferente”.

Abalada, Flora Cruz destacou a força da mãe e a luta do pai pela vida, declarando que gostaria de ser filha dele novamente em uma próxima vida. A cerimônia também reuniu nomes como Thiago Martins, Erika Januza e Quitéria Chagas, que lembrou o carinho de Arlindo ao chamá-la de “eterna rainha de bateria”. O clima foi de emoção e celebração da vida e obra de um dos maiores nomes do samba.