Arma usada em tentativa de atentado contra Cristina Kirchner era roubada

A arma que o brasileiro Fernando Sabag Montiel utilizou para tentar atingir a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi roubada de um amigo do atirador. De acordo com o jornal La Nación, a pistola tinha o número de série parcialmente apagado.
Segundo fontes que fazem parte das investigações do episódio, o acusado não consta como usuário legal de armas de fogo da ANMaC (Agência Nacional de Materiais Controlados), órgão argentino que fiscaliza e controla atividades ligadas a armas de fogo, artigos explosivos e outros itens do tipo.
Já o laudo pericial realizado pela Divisão de Balística da PFA (Polícia Federal Argentina) aponta que o revólver tinha condições de realizar o disparo, mas não havia projétil na câmara no momento da tentativa de assassinato de Kirchner.
“Apto para disparar” foi o termo que os peritos usaram para classificar a pistola portada por Montiel. Se os especialistas tivessem chegado a uma conclusão diferente e a arma não estivesse em condições de ferir, o La Nación afirma que a defesa do acusado poderia pedir a atenuação das qualificações das denúncias feitas contra ele.
Fernando Sabag Montiel, de 35 anos, apontou uma arma para o rosto de Cristina Kirchner na noite de quinta-feira (1º), enquanto a vice-presidente da Argentina chegava em seu apartamento, em Buenos Aires, e estava cercada por centenas de apoiadores.