Arregou: Brasil diz a Irã que nota do Itamaraty não é contra o país

Da Folha:
Chamada a dar explicações sobre o apoio dado pelo Brasil ao ataque norte-americano que matou o general Qassim Suleimani, a diplomata Maria Cristina Lopes disse às autoridades iranianas que a posição do governo Jair Bolsonaro não deve ser entendida como uma manifestação contra o país persa.
Maria Cristina, que é a encarregada de negócios da missão do Brasil em Teerã, foi convocada após o Itamaraty divulgar uma nota, na sexta-feira (3), em que endossa a operação para matar Suleimani.
No documento, o ministério das Relações Exteriores diz apoiar a “luta contra o flagelo do terrorismo” e afirma que atos terroristas não podem ser relativizados. A linguagem segue os argumentos dos EUA, que acusam o general iraniano de planejar atos terroristas.
A convocação de um diplomata para dar explicações é uma das formas que um governo tem para manifestar descontentamento e incômodo com outro país. Número dois na embaixada brasileira em Teerã, Maria Cristina foi chamada porque o titular da missão diplomática, Rodrigo Azeredo, está de férias no Brasil.
Na reunião em Teerã, segundo interlocutores do governo ouvidos pela Folha, os iranianos se queixaram da nota do Itamaraty e afirmaram que o governo Bolsonaro comprou integralmente a versão dos EUA para justificar a morte de Suleimani.
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