Arsênio no bolo envenenado estava 2,7 mil vezes acima do limite permitido

A tragédia que abalou a cidade de Torres, no interior do Rio Grande do Sul, no Natal de 2024, resultou na morte de três mulheres da mesma família devido à ingestão de um bolo preparado com farinha contaminada por arsênio em níveis altíssimos.
O envenenamento, que descartou a possibilidade de contaminação ocupacional, foi confirmado nesta segunda-feira (6) pela diretora-geral do Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul, Marguet Mittmann. As análises realizadas em amostras de sangue, urina e conteúdo estomacal das vítimas mostraram concentrações altíssimas de arsênio, uma substância altamente tóxica e letal.
“Os níveis encontrados são tão elevados que são considerados fatais. Para se ter uma ideia, 35 microgramas são suficientes para causar a morte de uma pessoa. Em uma das vítimas, os níveis eram 350 vezes mais altos do que o limite seguro estabelecido pela literatura”, declarou a especialista. A investigação descartou a possibilidade de contaminação acidental e apontou para uma ação deliberada. “É impossível tratar-se de uma concentração natural ou de um erro na receita do bolo”, afirmou Marguet.
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