Arthur Lira defende o orçamento secreto: “Insuficiente”
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deu entrevista ao jornal O Globo neste domingo (17) e disse que o valor das emendas de relator é insuficiente para o país. Ele também deu uma minimizada no orçamento secreto.
“Falamos de R$ 16 bilhões achando que é muito. O Brasil tem pouco investimento. Estamos aqui com R$ 3 trilhões [do Orçamento] brigando por R$ 16 bilhões”, falou Lira. “Não que seja pouco, porque R$ 16 bilhões é muito mesmo, mas ainda é insuficiente para as demandas do Brasil”, completou.
O parlamentar afirmou que o Congresso não consegue “prestar todas as informações dos autores das emendas”, como determinado pelo Supremo Tribunal Federal. Isso significa que o orçamento secreto continuará sem prestar os devidos esclarecimentos sobre seus gastos.
“Se acompanhar as redes sociais do parlamentar, ele demonstra toda a atividade. Está lá toda semana entregando trator, uma obra de saneamento, entregando a obra de calçamento”, tentou se defender.
Arthur Lira passa pano para as irregularidades no FNDE: “Erro administrativo”
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), minimizou as denúncias e suspeitas de irregularidades no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que é controlado por membros do seu partido, assim como a Secretaria da Casa Civil, que pertence ao também líder do Centrão, Ciro Nogueira (PP-PI). Lira chamou as suspeitas de “erro administrativo”. O FNDE tem um caixa bilionário.
“Por enquanto, o que estamos vendo é o seguinte: o problema das obras inacabadas. Não é só um problema do FNDE, da Educação. É preciso ver quantas obras inacabadas em habitação ficaram do governo anterior. O grande problema do nosso país é uma gestão descontinuada. Quando analisa o FNDE, com as escolas inacabadas, é muito fácil chegar ao exemplo para ter uma escola fake. Está errado. Agora, é um erro administrativo. O que tem que ficar atento é até onde isso é realmente um ato ímprobo ou um erro que possa ser corrigido. Faltou gestão no MEC ou no ministério? É de ser avaliado. Se tiver errado, corrigimos”, falou Arthur Lira sobre o assunto.