As doenças da Idade Média que voltaram a preocupar cientistas do mundo todo

A confirmação de um caso de peste bubônica nos Estados Unidos em agosto reacendeu o alerta global para doenças que muitos acreditavam extintas. Conhecida como “peste negra”, ela matou milhões na Idade Média e, ainda hoje, segue presente em países da África, Ásia e América.
Segundo a OMS, entre 2019 e 2022, foram registrados 1.722 casos e 175 mortes, concentrados principalmente na República Democrática do Congo e em Madagascar. Além da peste, a hanseníase e a cólera continuam afetando populações em vulnerabilidade social.
No Brasil, a hanseníase ainda é endêmica: foram 22 mil novos casos em 2024, número que coloca o país como o segundo com mais registros no mundo, atrás apenas da Índia. A doença, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, tem tratamento gratuito pelo SUS, mas o diagnóstico tardio dificulta o controle.
Já a cólera, transmitida por água ou alimentos contaminados, provocou quase 463 mil casos e 5.800 mortes em 2025, segundo a OMS. A maioria ocorre em regiões com falhas no saneamento. No Brasil, o último caso autóctone foi em 2006. Especialistas reforçam que, embora os microrganismos não desapareçam, avanços em prevenção, higiene e acesso à água potável podem conter novos surtos.
