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As dúvidas sobre proteção de dados com a expansão de torres de vigilância

Torre de vigilância da empresa CoSecurity — Foto: Darlan Helder/g1

Torres equipadas com câmeras de vigilância estão se multiplicando em frente a prédios residenciais e comerciais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Apesar de apresentadas como reforço à segurança, especialistas alertam para a falta de transparência e ausência de regulamentação sobre o uso das imagens coletadas. Condomínios chegam a pagar até R$ 1,5 mil por mês pelo serviço, que permite acesso remoto às gravações.

Empresas como CoSecurity e Gabriel afirmam integrar seus sistemas a programas públicos como o Smart Sampa, que reúne cerca de 40 mil câmeras conectadas à polícia. Segundo as companhias, essa integração teria ajudado na recuperação de veículos e prisões em flagrante. Pesquisadores, no entanto, apontam que não há dados públicos que comprovem a eficácia do modelo.

Estudos de instituições como o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Instituto Sou da Paz questionam o destino e o controle das informações captadas. Eles alertam que, sem regras claras, as imagens podem ser usadas para fins privados e até circular em grupos de mensagens, colocando em risco a privacidade de moradores e transeuntes.