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As providências da PF para impedir a exposição de Bolsonaro preso

rofissionais instalam película na Superintendência da PF

A Polícia Federal instalou uma película blackout nas entradas e janelas da Superintendência de Brasília nesta segunda. A medida busca impedir registros da movimentação de Jair Bolsonaro, que está preso no local desde sábado por decisão do ministro Alexandre de Moraes. No domingo, o ex-presidente chegou a ser fotografado durante um deslocamento interno após receber a visita de Michelle Bolsonaro, o que levou a PF a reforçar o controle visual do prédio.

Segundo integrantes da corporação, a circulação do ex-presidente entre a sala de visitas e o espaço onde está custodiado segue protocolos de segurança que não deveriam ser expostos publicamente. A instalação do blackout foi tratada como um ajuste operacional para garantir que as movimentações internas não sejam captadas por câmeras externas ou por pessoas que circulem nas imediações da sede policial.

Bolsonaro foi preso preventivamente após pedido da PF, que alegou risco à ordem pública. A corporação afirmou que a vigília convocada por Flávio Bolsonaro no condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar criaria ambiente favorável a tumulto e possível interferência no monitoramento. O ministro Moraes destacou ainda a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica, admitida pelo próprio ex-presidente.

A decisão de manter Bolsonaro preso foi confirmada pela Primeira Turma do Supremo nesta segunda, em sessão virtual extraordinária. O colegiado acompanhou o entendimento de Moraes de que houve descumprimento direto das medidas cautelares e risco concreto de obstrução de fiscalização caso permanecesse em prisão domiciliar