Apoie o DCM

Assassinato no Carrefour: “Trabalhamos com 3 cenários em que pode configurar racismo”, diz delegado

Do G1

Dando nome aos bois. Foto: Guilherme Bittar

O diretor da Divisão de Homicídios de Porto Alegre, delegado Eibert Moreira, falou a respeito da investigação da polícia sobre o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, cidadão negro que foi espancado por dois seguranças brancos em uma unidade do Carrefour, em Porto Alegre, na quinta-feira (19) da semana passada.

“Trabalhamos com três hipóteses em que pode configurar o preconceito racial”, afirmou o delegado em coletiva de imprensa na quinta (26).

Segundo Moreira, a polícia segue investigando, explorando da forma mais detalhada possível, para que as autoridades cheguem ao final do inquérito com a informação mais precisa.

“A questão racial intrínseca a esse fato que estamos apurando, ela vem a tona por óbvio, e nós sempre trabalhamos com a consciência da existência do racismo estrutural no nosso país. Porém, para falar sobre racismo no aspecto criminal, nós precisamos avaliar qual é a configuração do tipo penal existente para essas condutas. Na nossa legislação, existem, especificamente, duas possibilidades, seria injúria racial, prevista no artigo 140, parágrafo terceiro, do código penal, e as condutas tipificadas na Lei 7716/89, em que descrevem condutas típicas de racismo”, explica. (…)