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Assassino de gari diz ter passado “constrangimento” na prisão: “Me fizeram agachar”

Renê Nogueira em audiência de custódia. Foto: reprodução

O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, preso preventivamente pela morte do gari Laudemir de Souza Fernandes em Belo Horizonte, relatou ter sofrido um “constrangimento” durante sua passagem pelo Ceresp Gameleira. Em audiência de custódia na quarta-feira (13), Renê afirmou ao juiz Leonardo Vieira Rocha Damasceno que agentes penitenciários o fizeram agachar três vezes ao sair da cela e o chamaram de “covarde”.

“Teve uma situação que foi um pouco constrangedora… Tinham alguns agentes juntos que começaram a falar: ‘Tu matou o gari por quê? Você fez isso, covarde?'”, disse o empresário, sem detalhar completamente o ocorrido. Renê ainda ameaçou levar a queixa diretamente ao secretário de Justiça de Minas Gerais, Rogério Greco: “Eu conheço o Greco e vou falar com ele depois que eu sair daqui, por causa disso”.

No entanto, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais negou veementemente qualquer relação entre Greco e o empresário. Em nota oficial, classificou as declarações de Renê como “mentirosas” e afirmou que o secretário “não o conhece, nunca conversou ou teve qualquer contato com o preso”. A pasta garantiu que todos os procedimentos adotados seguem o regulamento do sistema prisional mineiro.