Apoie o DCM

Assessor do Colégio Bandeirantes é acusado de reforçar racismo após suicídio

Entrada do Colégio Bandeirantes. Foto: reprodução

Após a polêmica declaração de um ex-diretor do Colégio Bandeirantes, em São Paulo, sobre a “agressividade” de alunos bolsistas, a comunidade de ex-beneficiados pelo projeto Ismart (Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos) se manifestou publicamente. A fala foi do assessor, Mauro Salles Aguiar, que atualmente trabalha no núcleo de estratégia e inovação da escola que registrou o suicídio de um aluno vítima de bullyng e homofobia.

Em uma carta divulgada nesta quarta-feira (28), os ex-bolsistas apontaram o “racismo estrutural” no ambiente escolar. O suicídio do aluno intensificou o debate sobre o acolhimento dos estudantes egressos pelo Ismart na escola. O documento, assinado por universitários e ex-alunos, narra os desafios relacionados ao racismo e à desigualdade social enfrentados pelos bolsistas ao longo dos anos.

“Ao destacar a ‘agressividade’ dos alunos bolsistas sem considerar as dinâmicas raciais e sociais, ainda mais em um momento de luto, o ambiente escolar perpetua o racismo estrutural e falha em formar cidadãos conscientes e empáticos”, escreveram os ex-estudantes do Bandeirantes.

Apenas dois dias após a morte do estudante, Mauro Salles descreveu como “espantoso” o nível de agressividade dos bolsistas ao protestarem e cobrar uma resposta da escola e apoio psicológico. Ele ainda afirmou que “escola não é clínica psicológica” e minimizou a responsabilidade da instituição em oferecer atenção primária aos alunos, conectando o episódio à “sociedade de direitos”. 

Leia a carta na íntegra