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Assessores de políticos e grupos religiosos ajudaram a organizar atos golpistas pró-Bolsonaro

Ao lado da filha Laura, Bolsonaro, sem usar máscara de proteção, cumprimenta multidão presente Foto: EVARISTO SA / AFP

De Renato Machado e Fábio Fabrini na Folha de S.Paulo.

​A manifestação de domingo (3) com pautas antidemocráticas, na qual jornalistas foram agredidos em meio a discurso do presidente Jair Bolsonaro em Brasília, foi mobilizada por grupos religiosos e pró-intervenção militar, além de assessores e ex-auxiliares de políticos bolsonaristas.

Um dos movimentos de apoio ao ato foi o acampamento “Os 300 do Brasil”, montado em Brasília. O grupo tem entre os organizadores o assessor parlamentar Evandro de Araújo Paula, do gabinete da deputada federal Bias Kicis (PSL-DF), e é liderado pela militante Sara Winter, que se declara uma ex-feminista que aderiu às fileiras do bolsonarismo.

Em posts atribuídos a eles em redes sociais, o movimento pede adesão de pessoas que estejam dispostas a passar por um treinamento com especialistas em “revolução não-violenta e desobediência civil”, técnicas de “estratégia, inteligência e investigação” e instrução sobre “táticas de guerra de informação”.

Os interessados são informados que devem se apresentar à base para depois serem encaminhados para um “QG” secreto, para onde não podem levar celulares.

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