Ataques a ônibus em SP podem ter origem em grupos online, diz PM

A Polícia Militar de São Paulo investiga a possível conexão entre os recentes ataques a ônibus na capital e grupos de “descontentes online” organizados em ambientes virtuais. Segundo as investigações preliminares, os autores dos ataques – que incluíram incêndios criminosos e depredações em pelo menos nove veículos – apresentam padrões de comportamento associados a fóruns digitais e redes sociais.
Os ataques, ocorridos em diferentes regiões da cidade na última semana, parecem seguir uma lógica de mobilização espontânea inspirada em desafios virais e teorias conspiratórias. A PM identificou indícios de que conteúdos circulando em WhatsApp, Telegram e Discord possam ter estimulado as ações. “Esses espaços são usados para incentivar atos coordenados sem liderança clara, o que dificulta o rastreamento”, explicou fonte da corporação.
O fenômeno assemelha-se a casos internacionais onde protestos e vandalismo são impulsionados por comunidades digitais. A inteligência policial trabalha para mapear os canais e perfis mais ativos nesses ambientes virtuais. O principal desafio, segundo especialistas, é entender como comportamentos antes restritos a nichos online ganharam escala nas ruas.