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Atirador de Campinas não tinha armas registradas em seu nome

Euler Fernando Grandolpho, o atirador de Campinas

Segundo O Globo, atirador que matou cinco pessoas na Catedral Metropolitana de Campinas na tarde desta terça-feira não tinha posse nem porte de armas de fogo. Segundo a Polícia Federal, o nome de Euler Fernando Grandolpho não consta do Sistema Nacional de Armas (Sinarm), responsável pelo controle de armas no Brasil. Além dos homicídios, o atirador infringiu a lei federal do Estatuto do Desarmamento.

No momento do assassinato, Euler carregava duas armas: uma pistola calibre 9 milímetros e um revólver ponto 38, que não chegou a ser usado. De acordo com o delegado José Henrique Ventura, responsável pela investigação, a pistola usada no crime – um armamento de uso restrito das Forças Armadas e da polícia – tinha a numeração raspada. A origem de ambas está sendo investigada.

Aprovado em 2003, o Estatuto do Desarmamento restringiu a posse e o porte de armas no Brasil. Ao cidadão com posse de arma de fogo autorizada pela PF é garantido o direito de mantê-la no interior de residência ou no local de trabalho. O registro de porte, que autoriza que o cidadão carregue a arma consigo, junto ao corpo, para uso eventual, é proibido a cidadãos brasileiros desde 2003.

O ataque em Campinas ocorre às vésperas da posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), que durante a campanha prometeu ampliar o acesso a armas para autodefesa. Uma eventual revogação do Estatuto do Desarmamento, entretanto, precisaria de aprovação do Congresso.