Ato lança o Projeto Brasil Nação em São Paulo para ‘unir brasileiros’ por desenvolvimento
Um ato na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Largo São Francisco, centro da capital paulista, lança nesta quinta-feira (27), a partir das 18h, o Projeto Brasil Nação, uma proposta de “unir os brasileiros” em torno de ideias de desenvolvimento, afirma um de seus autores, o economista e ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira. O ato terá transmissão ao vivo da TVT a partir das 19h45, logo após o noticioso Seu Jornal.
Segundo Bresser-Pereira, os cinco pontos econômicos do documento “mostram que há uma alternativa viável e responsável para o Brasil”. O texto critica o governo “antinacional e antipopular” e afirma que o “desmonte” em curso só levará à “dependência colonial e ao empobrecimento dos cidadãos”.
O projeto surgiu de um manifesto escrito, entre janeiro e abril, por “um grupo de brasileiros preocupados com a crescente divisão da sociedade brasileira”. O documento está aberto para quem quiser assinar, no site, no Avaaz e também em plataforma Google. Até a noite de ontem (26), no site havia 8.425 subscrições.
Entre os apoiadores, estão os economistas Antonio Corrêa de Lacerda, Eduardo Fagnani, João Sicsú, Ladislau Dowbor e Leda Paulani, o crítico Alfredo Bosi, o embaixador Celso Amorim, o cantor e compositor Chico Buarque, o subprocurador-geral Eugenio Aragão, o publicitário Chico Malfitani, o jornalista Eric Nepomuceno, o jurista Fabio Konder Comparato, os cineastas Kleber Mendonça Filho, Luiz Carlos Barreto, Renato Tapajós e Tata Amaral, a cartunista Laerte, a filósofa Marcia Tiburi, os escritores Luis Fernando Verissimo, Marcelo Rubens Paiva e Raduan Nassar, o economista e ex-ministro Luiz Gonzaga Belluzzo, os físicos Luiz Pinguelli Rosa e Rogério Cezar de Cerqueira Leite, a ativista Margarida Genevois, a psicanalista Maria Rita Kehl, o filósofo Renato Janine Ribeiro, os historiadores Luiz Felipe de Alencastro e Maria Aparecida de Aquino, o sociólogo Paulo Sérgio Pinheiro e os atores Sérgio Mamberti e Wagner Moura.
“Buscando reduzir o Estado a qualquer custo, o governo corta gastos e investimentos públicos, esvazia o BNDES, esquarteja a Petrobrás, desnacionaliza serviços públicos, oferece grandes obras públicas apenas a empresas estrangeiras, abandona a política de conteúdo nacional, enfraquece a indústria nacional e os programas de defesa do país, e liberaliza a venda de terras a estrangeiros, inclusive em áreas sensíveis ao interesse nacional”, diz o manifesto.
“O governo antinacional e antipopular conta com o fim da recessão para se declarar vitorioso. A recuperação econômica virá em algum momento, mas não significará a retomada do desenvolvimento, com ascensão das famílias e avanço das empresas. Ao contrário, o desmonte do país só levará à dependência colonial e ao empobrecimento dos cidadãos, minando qualquer projeto de desenvolvimento.”
