ÁUDIO – Empresário bolsonarista Thiago Brennand admite estupro: “Fiz à força”

Uma das mulheres que acusam o bolsonarista Thiago Brennand de estupro gravou uma conversa que revela a confissão do empresário em setembro de 2021. Os áudios foram obtidos pelo UOL.
A produtora pernambucana, atualmente nos EUA, conheceu Brennand pelo Instagram no final de julho de 2021. No mês seguinte, ela viajou a São Paulo com passagens providenciadas pelo empresário para o primeiro encontro pessoal.
O encontro ocorreu na mansão de Brennand em Porto Feliz (SP). Posteriormente, durante sua estadia no Recife, ela começou a gravar as conversas telefônicas com Brennand.
Nessas gravações, o apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admite ter agredido a mulher e afirma ter usado a força para praticar sexo anal com ela, mesmo diante do seu “não”.
“Eu fiz à força e com raiva, não fiz?”, questionou Brennand à mulher. “Fez”, foi a resposta dela. “E você dizendo ‘não, não’, eu fiz com raiva. Beleza. Tá certo. Eu assumo”, acrescentou.
Réu em vários processos por estupro e agressão, Brennand está detido no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, em São Paulo. Aguarda a sentença sobre este caso e já foi condenado em outro por estupro e um por agressão.
Confira:
? Em áudio inédito, Brennand admite estupro: "Fiz à força e você dizendo não"
? Uma das mulheres que o acusam gravou uma conversa com a confissão do empresário, em setembro de 2021 pic.twitter.com/nD4lspXpPS
— UOL Notícias (@UOLNoticias) December 4, 2023
Em nota, a defesa de Brennand afirma tratar-se de “vazemento de provas de modo seletivo e descontextualizado”:
“A defesa de Thiago lamenta mais uma vez o vazamento de provas de modo seletivo e descontextualizado, no claro objetivo de prejudicar a sua defesa e influenciar processos e medidas em curso. A reportagem retira a conversa de contexto e omite fatos relevantes como as relações havidas após o referido diálogo, que confirmam que a relação foi consensual. Além disso, as mensagens são antigas e foram analisadas pelo Ministério Público, que pugnou pelo arquivamento do caso, tendo o juiz de Porto Feliz concordado e ainda determinado a apuração da ocorrência do crime de denunciação caluniosa por parte da suposta vítima.”