Áudios mostram o plano do PCC para matar promotor de Justiça de SP

A polícia de São Paulo desmantelou um plano do PCC para assassinar duas autoridades: o promotor Lincoln Gakiya, que combate a facção há 20 anos, e o coordenador de presídios Roberto Medina. A investigação, que teve detalhes revelados pelo “Fantástico”, mostrou que os criminosos monitoravam as vítimas e suas famílias de forma minuciosa para executar os ataques.
Os alvos foram vigiados durante meses. A esposa de Roberto Medina foi seguida, e os criminosos chegaram a analisar a segurança de sua residência. Em um áudio, um dos investigados, Victor Hugo da Silva, o “Falcão”, descreve a facilidade do local: “O muro do estacionamento da parte de trás é uns dois metros, entendeu? Não é muito alto, e não tem cerca elétrica. E pelo que eu vi assim de relance, não tem câmera. É tranquilo, e ela anda sozinha, entendeu?”.
O promotor Lincoln Gakiya também estava sob vigilância constante. A polícia identificou que outro suspeito, Sérgio García da Silva, conhecido como “Messi”, negociava a compra de um fuzil para o atentado. A investigação começou após a prisão de “Falcão” por tráfico, quando seu celular revelou centenas de fotos, vídeos e mapas dos ataques planejados.
Na última sexta-feira (24), a polícia cumpriu 25 mandados de busca para coletar mais evidências. “Nós percebemos que eles estavam tentando, de dentro do sistema penitenciário, destruir essas provas”, afirmou o delegado Ramon Euclides Guarnieri Pedrão, do DEIC. O próximo passo das autoridades é aprofundar as investigações para impedir novos atentados.
