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Autores de séries acusam Globo de “coronelismo”

Do Notícias da TV:

 

Roteiristas de séries de humor da Globo não estão achando a menor graça na atual conjuntura da emissora. Reservadamente, eles reclamam da falta de espaço e se dizem desmotivados a apresentar novos projetos de programas. Apontam para um suposto “coronelismo”: os dois principais horários para humorísticos na emissora são dominados, desde 2011, por Claudio Paiva (autor) e Guel Arraes (diretor de gênero). A situação não deve mudar pelo menos até o final de 2017. A dupla é acusada de só investir em projetos deles mesmos. A Globo nega.

Paiva comanda o fórum de humor, onde são apresentados os projetos; Arraes é diretor de dramaturgia seriada, que executa os projetos. Desde o fim do Casseta & Planeta, em 2010, os dois ocupam os principais horários de humor da emissora, a faixa após a novela das nove, primeiro com Tapas & Beijos e A Grande Família e, atualmente, com Mister Brau e Chapa Quente.

Miguel Falabella (Pé Na Cova) e a dupla Marcius Melhem e Marcelo Adnet (Tá No Ar) são vistos como “heróis da resistência”, que conseguem emplacar projetos correndo por fora, em horários menos nobres, assim como Fernanda Young e Alexandre Machado, com as noites de sextas. Zorra, aos sábados, é um caso à parte.

A Globo tem mais de uma centena de roteiristas de humor. Quase todos ambicionam emplacar um projeto próprio. No final do ano passado, a emissora os reuniu para um balanço da produção de humor. O encontro foi imediatamente batizado de “palestra desmotivacional”: os principais horários da emissora já estão ocupados até o final de 2017. Até lá, a Globo insistirá em Mister Brau (encomenda de Arraes a Jorge Furtado) e em Chapa Quente (criada por Paiva). A segunda, com Leandro Hassum e Ingrid Guimarães, essa é quase uma unanimidade: é ruim, deveria ter acabado em 2015. São séries líderes no Ibope, mas suas audiências são inferiores às de minisséries e reality shows que ocupam o mesmo horário, como Big Brother Brasil.