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Auxílio emergencial: equipe econômica descarta isolamento social e não aposta em prorrogação

Paulo Guedes. Foto: Anderson Riedel/PR

Do Globo:

Para a equipe econômica do governo, uma nova rodada de pagamento do auxílio emergencial não é necessária — e isso se baseia não só na avaliação de que o aumento do número de casos de Covid-19 não configura uma segunda onda da pandemia, mas também na aposta que a chance de novas medidas duras de isolamento social é remota, mesmo com sinais de aumento do número de contaminados em parte dos estados. Nos últimos dias, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e seus auxiliares, têm afirmado que a hipótese de trabalho do time é de baixa probabilidade de que novas medidas emergenciais sejam necessárias.

Parte dessa avaliação é sustentada em uma análise de dados compilados pela Secretaria de Política Econômica que apontam que parte dos estados alcançaram a chamada imunidade de rebanho. O monitoramento, no entanto, não é feito em parceria com o Ministério da Saúde, segundo o Ministério da Economia, e sim com dados estatísticos.

A análise é reforçada por uma percepção política. Segundo interlocutores de Guedes, a chance de que determinações de isolamento social sejam tomadas é considerada baixa. Mesmo que medidas nessa direção sejam anunciadas por governos locais, a expectativa é que a população não adote esse comportamento na prática.

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