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Avô do presidente do TRF-4, Thompson Flores, era sabujo da ditadura

O avô Thompson Flores é o homenzinho pintado a óleo (no fundo)

Como o mundo dá voltas. Foi o golpista Marco Antonio Villa, historiador da Jovem Klan, quem revelou em um livro do passado a vocação golpista que está no DNA da família Thompson Flores. Foi o avô do presidente do TRF-4, Carlos Thompson Flores, o tribunal que já decidiu tirar Lula das eleições de 2018, quem primeiro se manifestou sobre um golpe que garantiu alguns anos mais para a ditadura militar, em 1977. Carlos Thompson Flores, o neto, foi quem se maquiou recentemente para dar entrevista à Globo e, com o quadro do avô ao fundo, dizer que liquidaria a fatura até as eleições de 2018, no que diz respeito à possibilidade de Lula se candidatar. O homem que aparece no quadro ao fundo é o personagem retratado por Villa, no livro “Ditadura à Brasileira – 1964-1985. Democracia golpeada à Esquerda e à Direita”. Veja o trecho:

“Enquanto Paulo Brossard protestava, assim como todo o PMDB, contra o Pacote de Abril (“o presidente suspende o Legislativo para reformar o Judiciário, convertendo em lei o projeto rejeitado pelo Congresso. Três são os poderes, mas um só decide, manda e obriga”), o presidente do STF, ministro Thompson Flores, era o autor do primeiro telegrama de congratulações recebido por Geisel depois da assinatura do fatídico pacote.

A 14 de abril, era reaberto o Congresso. Graças ao pacote, Geisel tinha conseguido obter o controle de sua sucessão no Colégio Eleitoral, com o senadores biônicos, a ampliação de deputados dos estados controlados pela Arena e a permanência da Lei Falcão, que impedia, na prática, o repetição do uso feito pelo PMDB do rádio e da televisão na campanha de 1974.”