Criação de jogos de azar cria conflito entre governo e bancada evangélica
A bancada evangélica começou a se articular para barrar a aprovação da legalização de jogos de azar no Brasil. O projeto é de interesse do governo Bolsonaro, especialmente do Ministério do Turismo. A resistência ao tema se dá, inclusive, entre os apoiadores do presidente na casa legislativa.
O deputado Cezinha de Madureira já ensaia um posicionamento oficial da frente parlamentar, que reúne 120 deputados e 14 senadores, segundo o Metrópoles.
Arthur Lira criou um grupo de trabalho para debater o Marco Regulatório dos Jogos no Brasil na última sexta (10).
Leia também:
1 – Bancadas evangélica, ruralista e da bala formaram o tripé do voto impresso na Câmara
2 – Dupla de evangélicos no Dedo de Deus será multada por infração ambiental
Bancada evangélica reclama de “favorecimento do vício”
Evangélicos já adiantaram que o projeto será um ponto de divergência com o governo. Segundo seus líderes, os jogos interferem nas famílias e causam um “vício”. O projeto entra na “pauta de costumes”.
“É uma pauta que vem sendo discutida há muitos anos na Câmara, e não acredito que obtenha sucesso. Além disso, é um assunto que só cria confusão, e isso é tudo que não precisamos neste momento. Tem tanta coisa importante para a gente discutir”, diz Gilberto Nascimento, deputado e uma das lideranças da bancada.
Outros membros da bancada evangélica dizem que a ideia vai “favorecer o vício e desestruturar famílias”.