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Disputa pelo controle do Banco do Nordeste envolve Centrão e bilhões de reais

Banco do Nordeste
Banco do Nordeste tem influência política na região devido à destinação de recursos para projetos industriais e agrícolas – Foto: Divulgação/BNB

Com carteira de microcrédito avaliada internamente em cerca de R$ 30 bilhões, o Banco do Nordeste é cobiçado pelo Centrão. O banco está em crise desde que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, aliado do governo Jair Bolsonaro, pediu a demissão de toda a diretoria.

Costa Neto afirmou que seu novo indicado para presidir o banco é Ricardo Pinto Pinheiro, consultor do setor regulatório de energia e saneamento. O objetivo da cúpula do PL é destituir Romildo Carneiro Rolim, servidor de carreira que ascendeu à presidência da instituição no governo Michel Temer.

Rolim já se amparou em diferentes apoios políticos para permanecer na cúpula do banco. Ele se opõe à ideia que lobistas do mercado financeiro tentam emplacar há anos: vender ao mercado privado a carteira de microcrédito no Nordeste. Com informações do Estadão.

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Outras opções

Rolim não era a primeira opção de Costa Neto. Em 2020, quando Bolsonaro cedeu o banco ao Centrão, quebrando promessa de campanha, o PL chegou a emplacar na presidência do BNB o nome de Alexandre Borges Cabral.

Porém, Cabral foi demitido suspeito de “gestão temerária” na Casa da Moeda, segundo o Tribunal de Contas da União. Ele teria deixado um prejuízo de R$ 2,2 bilhões. Rolim teve apoio de integrantes da equipe econômica para retornar, entre eles o do ministro Paulo Guedes.

Fontes ligadas ao banco avaliam que o Centrão quer também aumentar o poder dentro do banco na véspera das eleições de 2022 e agradar agentes financeiros.