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Bancos suíços ainda mantêm R$ 2 bi confiscados de alvos da Lava Jato

Da Coluna de Jamil Chade no UOL:

SÃO PAULO, SP, 24.10.2017: FÓRUM-SP – O juiz federal Sérgio Moro e o procurador federal e coordenador da Lava Jato no MPF, Deltan Dallagnol, no Fórum Mãos Limpas & Lava Jato, promovido pelo jornal Estado de São Paulo em São Paulo. (Foto: Jorge Araújo/Folhapress)

Bancos suíços ainda mantêm congeladas dezenas de contas relacionadas com suspeitos de corrupção em casos envolvendo as investigações iniciadas pela Operação Lava Jato no Brasil. De acordo com o Ministério Público da Suíça, um total de 310 milhões de francos suíços (cerca de R$ 1,9 bilhão) aguarda ainda uma definição jurídica ou a condenação dos suspeitos.

Iniciada em 2014 e tendo sido aprofundada a partir de 2015, a cooperação entre o Brasil e a Suíça levou as autoridades em Berna a inicialmente congelar 1,1 bilhão de francos suíços em mais de 40 bancos diferentes. Ao longo dos anos, uma parte substancial desses recursos foi devolvida aos cofres públicos, não apenas no Brasil, mas também a outros países e instituições lesadas pela corrupção.

Volumes importantes foram restituídos graças aos acordos de delação premiada. Nas negociações, os suspeitos concordavam em dar informações sobre como o mecanismo de corrupção funcionava e devolverem o dinheiro desviado e, em grande parte, depositado em contas na Suíça.

Uma parcela dos recursos não fez parte das delações e suspeitos continuam lutando nos tribunais para evitar que o dinheiro seja repassado ao estado brasileiro ou outras partes que poderiam ser vítimas da corrupção.

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