Barroso detona Bolsonaro, indica frase a respeito do nazismo e música sobre carta

O ministro do STF e presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, usou as redes sociais, nesta sexta-feira (10/8), para sugerir suas “dicas da semana”, vistas como indiretas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Desta vez, uma das recomendações foi a música “paixão de um homem (A carta)”, de Waldick Soriano, em referencia ao manifesto divulgado por Bolsonaro em que firma que nunca teve “intenção de agredir quaisquer dos poderes” e que os ataques ao STF e ao ministro Moraes de 7 de setembro “decorreram do calor do momento”.
Barroso indica também um pensamento de Primo Levi: “Cada época tem o seu próprio fascismo”. Auto explicativo, não?
Além disso, o ministro deixa um livro: “Minhas histórias dos outros”, de Zuenir Ventura.
Confira abaixo:
DICAS DA SEMANA:
– Um livro: Minhas histórias dos outros, Zuenir Ventura
– Um pensamento: “Cada época tem o seu próprio fascismo”. Primo Levi
– Uma música: Paixão de um homem (A carta), Waldick Soriano https://t.co/uj9LrqH0tA
— Luís Roberto Barroso (@LRobertoBarroso) September 10, 2021
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Bolsonaristas engolem manifesto
“Bolsonaro arregou” e “Bolsonaro acabou” chegaram a ser as principais hashtags do Twitter depois que o presidente Jair Bolsonaro divulgou a carta em que recua dos ataques ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Mas isso não durou muito tempo e os bolsonaristas já estão alinhados com o presidente.
De acordo com o monitoramento da consultoria AP Exata, no entanto, as críticas não se comparam, nem em volume e nem em persistência, às que Bolsonaro recebeu no episódio da saída do ex-juiz Sergio Moro do governo, em abril de 2020.
Na ocasião, a aprovação do presidente caiu 12 pontos e demorou dois dias para começar a se recuperar. Desta vez, a queda foi de apenas 3 pontos e a recuperação começou ontem mesmo, a partir da live em que Bolsonaro pediu “calma” aos seus apoiadores e sugeriu que o “arrego” teria sido um ato de responsabilidade em prol do país, destinado a não prejudicar a economia.
Monitoramento da AP revela que boa parte dos bolsonaristas “comprou” o “argumento do estadista”. As numerosas menções no Twitter à alta da bolsa e à queda do dólar reforçam a tese.