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Batalha de rap com crianças é interrompida por tiros de policiais

batalha de rap
Batalha de rap que foi atacada a tiros pela PM. Reprodução/Batalha do Forte

Uma batalha de rap, que estava sendo realizada na comunidade Manoel Corrêa, em Cabo Frio, na região dos Lagos do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (5), foi interrompida há tiros por policias militares. Imagens foram gravadas e mostram os agentes disparando no momento da abordagem, enquanto crianças e adolescentes gritavam e corriam.

Participantes da batalha afirmaram a Polícia Civil, em depoimento, que o evento teve início por volta das 20 horas, e que, às 22h40, houve a chegada dos policias atirando e agindo com agressividade. As testemunhas ainda afirmaram que os PMs dispararam contra os equipamentos de som, pondo em risco crianças e demais que estavam ao redor do local. As vítimas também revelaram que tentaram dialogar com os agentes, no entanto, foram agredidas fisicamente.

Um dos policiais disse que, se alguém resistisse, “ele atiraria na cabeça, que rap é coisa de vagabundo e cultura é na escola até as 18h”, relatou um dos participantes da batalha. Como prova, foram entregues à Polícia Civil 13 componentes de munição encontrados no local. Outro relato de um dos participantes diz que pessoas foram atingidas por estilhaços de projétil ou se machucaram na tentativa de fugir dos disparos, mas, que os ferimentos foram leves.

Segundo Carlos Eduardo Gonçalves Moreira, um dos policiais envolvidos na ocorrência afirmou em sede policial que recebeu uma denúncia de ”possível baile funk” na quadra da favela. E chegando ao local, haviam sete criminosos armados e que efetuaram disparos contras os policiais. Ele alega que os agentes revidaram e os suspeitos se dispersaram. Ainda segundo seu relato, as pessoas que estavam no local agiram de forma hostil contra os PMs. Mais uma vez, de acordo com Moreira, a tropa foi atacada pelos criminosos e novamente tiveram de se defender.

Nas imagens divulgadas não é possível identificar nenhum tipo de disparo contra os policias, que já chegam agindo com violência e atirando contra as crianças e adolescentes que ali estavam.

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