Bia Kicis censura reuniões da CCJ e retira a palavra “genocida” de atas, denuncia Paulo Teixeira

Depois de deputados da oposição criticarem a política genocida implementada pelo presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19, a deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) decidiu apagar a menção ao genocídio da ata da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
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Ela preside comissão após a eleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da casa legislativa. “Qualquer palavra injuriosa dirigida a quem quer que seja esta Presidente tem a prerrogativa de retirar. Em episódios anteriores, houve a interrupção da fala, e isso não está ocorrendo neste momento. V.Exas. estão falando livremente. E esta Presidente está aplicando o Regimento também, de acordo com o que deve ser feito”, declarou Kicis após discurso de Fernanda Melchionna (PSOL-RS). A deputada do PSOL chamou o presidente de Jair Genocida Bolsonaro.
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Antes, Kicis já havia determinado a censura dos discursos de Maria do Rosário (PT-RS) e Rui Falcão (PT-SP). Nas notas taquigráficas da Câmara, todas as vezes que os parlamentares usaram a palavra “genocida”, a expressão foi substituída por um observação: “(expressão retirada por determinação da Presidência)“.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) se manifestou no Twitter contra essa censura:
“A deputada Bia Kicis resolveu censurar as reuniões da CCJC e retirar a palavra ‘genocida’ das atas. Isso é próprio das ditaduras. Não permitiremos! @Biakicis”
A deputada Bia Kicis resolveu censurar as reuniões da CCJC e retirar a palavra “genocida” das atas. Isso é próprio das ditaduras. Não permitiremos! @Biakicis
— Paulo Teixeira (@pauloteixeira13) April 7, 2021