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Biden recoloca os EUA no Conselho de Direitos Humanos da ONU com agenda “anti-Damares”

Da Coluna de Jamil Chade no UOL:

Ministra Damares Alves – Fabrice Coffrini / AFP

Dando fim a uma ausência de três anos, o governo americano anunciou nesta segunda-feira em Genebra que irá retornar ao Conselho de Direitos Humanos da ONU. A decisão reverte uma postura do governo de Donald Trump, que acusava o órgão de ser um palco de acusações contra Israel e de promover países como Venezuela ou China.

Entre os diplomatas brasileiros em Brasília, a pauta de Joe Biden promete ser radicalmente diferente da postura do governo de Jair Bolsonaro, principalmente em temas de costumes. “É uma agenda anti-Damares”, ironiza um experiente negociador no Itamaraty, numa referência à ministra da Família, Mulheres e Direitos Humanos, Damares Alves.

A diplomacia de Joe Biden deixou claro, em seu discurso, que o órgão precisa passar por reformas e que o funcionamento é questionável. Mas a avaliação da Casa Branca é de que abandonar o debate e deixar o espaço para outros países não traz resultados.

Num primeiro momento, Biden retornará na condição de observador. No final do ano, porém, Washington apresentará sua candidatura ao Conselho, formado por 47 países.

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