“Boa Noite, Cinderela”: as possíveis drogas usadas para dopar turistas no Rio

A Polícia Civil do Rio investiga a substância que três mulheres usaram para aplicar o golpe do “Boa Noite, Cinderela” contra turistas britânicos. As vítimas tiveram sonolência e perda de memória antes de terem 16 mil libras (mais de R$ 110 mil) roubados por Raiane Campos, Amanda Couto e Mayara Ketelyn.
Entre as drogas mais comuns nesse tipo de crime está o GHB (gama-hidroxibutírico), conhecido como “ecstasy líquido”, que em doses baixas causa euforia, mas em quantidades maiores leva a sonolência, confusão mental e até coma.
Outra substância frequente nesses golpes é a cetamina, anestésico usado em medicina veterinária e humana, que provoca dissociação, alucinações e perda de memória recente. A droga ganhou notoriedade após ser associada à morte do ator Matthew Perry, de “Friends”. Benzodiazepínicos como flunitrazepam e clonazepam também são populares entre criminosos por causarem amnésia anterógrada – a vítima não se lembra do que aconteceu durante o efeito da droga.
Na Colômbia, a escopolamina (conhecida como “burundanga”) é amplamente utilizada nesses crimes. Presente em medicamentos como Buscopan e em plantas como a “trombeta-de-anjo”, em altas doses causa alucinações, confusão mental e pode deixar a vítima inconsciente por até 24 horas. O CRF-PR (Conselho Regional de Farmácia do Paraná) também alerta para o uso de hipnóticos como zolpidem e opioides como codeína nesses golpes.