Boate Kiss: julgamento de recursos de condenados preocupa famílias das vítimas

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O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul julgará a partir desta quarta-feira (3) os recursos das defesas dos condenados no caso do incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, em 2013, que deixou 242 mortos e 600 feridos.
A defesa dos réus pedem a anulação do julgamento. Em caso de o pedido ser negado, eles pleiteiam a diminuição das penas. Amigos e familiares das vítimas temem que as penas, que foram definidas entre 18 e 22 anos no júri em dezembro de 2021, sejam reduzidas a menos de 15 anos, o que permitiria que os réus respondessem aos outros recursos do processo em liberdade, segundo apontam representantes da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM).
Outra preocupação é em relação ao teor do parecer do desembargador Manuel José Martinez Lucas, que concedeu habeas corpus aos condenados após a conclusão do julgamento. A decisão, porém, foi revertida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.
O julgamento, concluído em 10 de dezembro do ano passado em Porto Alegre, condenou um dos donos da boate, Elissandro Spohr, a 22 anos e seis meses de prisão. Mauro Londero Hoffmann, sócio de Spohr, foi condenado a 19 anos e seis meses, já Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira, e Luciano Bonilha Leão, assistente da banda, foram condenados a 18 anos de prisão.