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Bolsonarista arrependido, Malvino Salvador diz que teve um “voto pragmático” em 2018

Da Coluna de Mônica Bergamo na Folha:

Malvino Salvador. Foto: Reprodução/Instagram

(…) “O que eu venho percebendo é uma tentativa de vilipendiar a cultura. Não entendem que é preciso haver fomento. É preciso se pensar na cultura como se pensa no agronegócio e em outras áreas importantes, é preciso injetar dinheiro. O que me angustia nesses últimos anos é perceber uma violência desmedida e descabida contra ela. Virou a Geni”, diz Malvino, que fala com a coluna por videoconferência de seu apartamento na Barra, no Rio de Janeiro.

(…) Ao longo da conversa, Malvino não cita nem um nome de político sequer. Ele, porém, não esconde seu descontentamento ao ser perguntado sobre Jair Bolsonaro, em quem votou para presidente em 2018.

“Não sou daquela coisa de me abster, votar em branco ou nulo. Acho que a gente precisa votar. O meu voto naquele momento foi um voto pragmático, foi uma escolha que eu fiz diante do que eu via, da minha insatisfação com quem poderia entrar no poder [PT]”, afirma. “Mas isso não quer dizer que eu apoie a outra pessoa [Bolsonaro].”

“O extremismo e o populismo são, na minha opinião, muito ruins em todos os aspectos, seja de direita ou de esquerda. É preciso haver mais diálogo entre os líderes, diálogos mais saudáveis”, diz. “Está virando tudo uma panfletagem política. Você não vê confronto de ideias, é um xingando o outro.”

(…)